Quando alguém tenta matar outra pessoa, mas não consegue concluir o ato, fala‑se em tentativa de homicídio. É um crime grave, mas a lei tem regras específicas pra definir quando a ação é considerada tentativa e qual a pena aplicável.
Primeiro, precisa haver a intenção clara de matar. Não basta um empurrão ou uma briga que termina em ferimento leve. A pessoa tem que ter a vontade de tirar a vida do outro. Depois, a ação precisa estar perto de conseguir o resultado. Por exemplo, disparar uma arma e errar, ou tentar estrangular e ser interrompido, entram na definição.
A lei brasileira, no Código Penal, descreve a tentativa como o início de execução do crime que não se consuma por motivos alheios à vontade do autor. Ou seja, se algo ou alguém impede a conclusão, o agente ainda pode ser responsabilizado, só que com pena reduzida.
Não se confunde tentativa com crime consumado. Quando a vítima morre, a pena é maior. Na tentativa, a punição costuma ser de um a dois terços da pena prevista para o homicídio doloso, dependendo das circunstâncias.
Quem for condenado por tentativa de homicídio pode receber prisão de 6 a 20 anos, além de multa. A redução da pena acontece se o autor demonstra arrependimento ou se o ato é interrompido por legítima defesa da vítima.
Na prática, a maioria dos casos de tentativa acontece em contextos de brigas, discussões acaloradas ou disputas de território. Por isso, prevenir começa por evitar situações de risco. Alguns passos simples ajudam:
Se, por algum motivo, você se encontrar envolvido em uma tentativa de homicídio, procure imediatamente um advogado. A defesa pode argumentar atenuantes, como falta de recursos ou coação, que podem reduzir a pena.
Entender a diferença entre tentativa e crime consumado ajuda a perceber a gravidade de cada atitude. Mesmo sem a morte da vítima, a lei trata a tentativa como crime sério, porque demonstra a intenção de matar. Por isso, vale a pena refletir antes de agir, buscar apoio e evitar situações que podem sair do controle.
Ficar informado sobre seus direitos e deveres é o melhor caminho para não se tornar vítima nem autor de um crime tão pesado. Se você ou alguém que conhece está passando por ameaças, procure ajuda de autoridades ou serviços de apoio psicológico. A prevenção começa com a informação e a vontade de mudar atitudes que podem colocar a vida de quem está ao redor em risco.
Em fevereiro de 2025, um ex‑policial militar atirou em um estudante de jornalismo e em um mototáxi após acusá‑los de roubo de celular. O estudante Igor perdeu um rim e precisou de cirurgia de emergência. Ambos foram presos e depois inocentados. O agente foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado e sua esposa por falso testemunho. O caso reacende o debate sobre abuso de autoridade no Rio.
set, 27 2025