Se você já ouviu falar da Lei Maria da Penha, sabe que ela é essencial para enfrentar a violência doméstica no Brasil. Mas muita gente ainda tem dúvidas sobre como ela funciona na prática, quem pode usar a lei e onde buscar ajuda. Aqui a gente explica de forma simples e direta, sem juridiquês, para que você possa entender seus direitos e agir se precisar.
A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) foi criada após a luta da própria Maria da Penha, que sofreu violência do marido por anos. A norma estabelece que qualquer mulher vítima de violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral pode buscar medida protetiva. O juiz pode, por exemplo, afastar o agressor do lar, proibir contato e até determinar a remoção da vítima para outra residência.
Além das medidas de urgência, a lei cria mecanismos de prevenção, como a criação de políticas públicas de apoio, campanhas de conscientização e capacitação de profissionais (polícia, saúde, assistência social). Isso significa que, ao denunciar, você não está só pedindo proteção imediata, mas também ajudando a fortalecer um sistema que luta contra a violência.
Um ponto importante: a Lei vale para todas as mulheres, independentemente de idade, raça, classe social ou orientação sexual. Se a agressão aconteceu dentro ou fora de casa, o direito à proteção continua. E não é preciso provar a culpa do agressor de forma detalhada para conseguir a medida protetiva — o simples relato da ameaça já pode ser suficiente.
Se você está em risco, o caminho mais rápido é ligar 180, a central de atendimento à mulher em situação de violência. O serviço é gratuito, funciona 24h e garante sigilo. Você também pode procurar a Delegacia da Mulher mais próxima ou, em casos de emergência, chamar a polícia (190).
Além da polícia, existem hospitais e unidades de saúde que atendem a vítimas e encaminham para serviços de apoio, como abrigos temporários, orientação jurídica e assistência psicológica. Não hesite em procurar o pronto‑socorro: o atendimento médico pode gerar um registro importante para a ação judicial.
Se a medida protetiva for concedida, o agressor tem que obedecer às restrições imediatamente. Caso ele as descumpra, a polícia pode prender preventivamente. Por isso, mantenha sempre um número de contato de confiança e, se possível, registre tudo (mensagens, ligações, fotos) que possa servir como prova.
Por fim, lembre‑se de que buscar ajuda não é um sinal de fraqueza, mas um ato de coragem. A Lei Maria da Penha está aí para garantir seu direito de viver sem medo. Converse com amigas, familiares ou grupos de apoio; o apoio social faz toda a diferença na recuperação.
Agora que você já sabe como a Lei Maria da Penha protege as mulheres e onde encontrar ajuda, compartilhe essa informação. Quanto mais gente conhecer seus direitos, mais forte fica a rede de proteção contra a violência doméstica.
O ator brasileiro Rafael Cardoso enfrenta acusações graves de sua ex-sogra, Sônia Bridi, que alega que o ator invadiu sua casa, danificou seu carro e a ameaçou. O caso resultou em um pedido de medida protetiva sob a Lei Maria da Penha, com determinações restritivas para Rafael, que não pode contatar Sônia nem se aproximar. Este incidente gerou medidas legais também de sua ex-esposa, Mariana Bridi, em proteção a ela e seus filhos.
nov, 7 2024