Se você já viu um combate de judô na TV ou viu alguém praticar no tatame, provavelmente ficou curioso sobre como funciona essa arte marcial japonesa. O judô não é só um esporte de luta; é também um caminho de disciplina, respeito e saúde. Aqui vamos explicar de forma simples como ele funciona, onde acompanhar as principais competições e como dar os primeiros passos se quiser treinar.
No judô, o objetivo é derrubar o adversário ou imobilizá‑lo no chão. Existem três maneiras principais de marcar ponto: ippon (queda perfeita ou imobilização de 20 segundos), waza‑ari (quase ippon) e yuko (ponto menor, que já não é mais usado nas regras olímpicas). As técnicas são divididas em técnicas de projeção (nage‑waza) e técnicas de solo (ne‑waza). Cada movimento tem um nome formal, mas no dia a dia os atletas costumam chamar de “arremesso”, “queda” ou “pin”.
A prática começa sempre com o reiho, a saudação ao professor e aos colegas. Essa parte é essencial porque mostra respeito e ajuda a criar um ambiente seguro. Depois vem o ukemi, que são as quedas de segurança que todo judoca aprende para não se machucar ao ser projetado.
O judô ganhou destaque mundial ao entrar nos Jogos Olímpicos em 1964. Desde então, as Olimpíadas são o palco mais cobiçado, mas há outras competições que movimentam o calendário: o Campeonato Mundial de Judô, a Copa do Mundo, os Grand Slams e os Campeonatos Continentais (como o Pan‑Americanas). No Brasil, o CBJJ (Confederação Brasileira de Judô) organiza o Campeonato Brasileiro e vários torneios regionais.
Para acompanhar essas provas, basta ficar de olho nos canais de esportes que transmitem ao vivo, no YouTube oficial da IJF (International Judo Federation) e nas redes sociais dos atletas. Muitas vezes, as transmissões dão acesso a análises técnicas que ajudam a entender melhor cada movimento.
Se o seu objetivo é começar a treinar, procure um clube reconhecido pela CBJJ. Um bom judoca começa com o kata, sequências formais que ensinam a postura e a técnica correta, além das aulas de combate livre. A maioria dos clubes oferece aulas de introdução gratuitas ou com preço simbólico para quem nunca treinou.
Além de melhorar a forma física, o judô traz benefícios como aumento da flexibilidade, força funcional e resistência cardiovascular. A disciplina mental também é forte: aprender a lidar com a pressão de um combate ajuda no dia a dia, seja no trabalho ou nos estudos.
Para quem já tem experiência em outras artes marciais, o judô pode complementar muito bem. Por exemplo, quem pratica karatê ou taekwondo encontra no judô um jeito de trabalhar o grappling, enquanto quem vem do boxe ganha pontos de equilíbrio e controle de quedas.
Resumindo, o judô é um esporte completo que combina técnica, estratégia e valores humanísticos. Se você quer assistir a grandes eventos, pode acompanhar a TV aberta nas Olimpíadas ou seguir o canal da IJF no YouTube. Se a ideia é praticar, procure um clube certificado, participe das aulas iniciais e vá evoluindo no seu ritmo. O caminho pode ser desafiador, mas cada queda e cada vitória trazem aprendizado que vale a pena.
A judoca brasileira Rafaela Silva está nas semifinais da categoria 57 kg na Olimpíada de Paris. Ela venceu a eslovena Kaja Kajzer por waza-ari nas oitavas de final e agora enfrentará a francesa Sarah-Léonie Cysique. Silva, medalhista de ouro no Rio 2016 e bronze em Tóquio 2020, continua brilhando no tatame e aumenta as chances do Brasil conquistar novas medalhas no judô.
jul, 30 2024