Alain Delon – biografia, filmes e curiosidades

Alain Delon é um nome que ainda faz muita gente lembrar dos clássicos do cinema europeu. Nascido em 8 de novembro de 1935 em Sceaux, França, ele cresceu numa família de classe média antes de se mudar para Paris em busca de oportunidades. A vida dele parece um roteiro: de tratorista a modelo, de modelo a estrela internacional.

O primeiro passo na carreira foi o serviço militar, onde ele ganhou a disciplina que mais tarde ajudou nas filmagens. Depois, um agente de modelos o descobriu e, em poucos meses, ele já desfilava nas passarelas de Paris. O visual marcante – cabelos escuros, olhos penetrantes e uma postura elegante – chamou atenção de diretores de cinema.

O grande salto aconteceu em 1960, quando recebeu o papel principal em Plein Soleil (Também ao Sol). O filme, versão francesa de "O Talentoso Ripley", trouxe Delon ao estrelato e mostrou seu talento para interpretar personagens complexos e ambíguos. A crítica elogiou a presença de tela e a química com a parceira de roteiro, Romy Schneider.

Depois desse sucesso, ele estreou em várias obras que ficaram para a história: Rocco e seus Irmãos (1960), O Oceano em Chamas (1964) e Mulher de Preto (1966). Cada filme revelou um lado diferente do ator – de galã a vilão frio. O visual elegante de Delon serviu de inspiração para a moda dos anos 60, e ele virou referência de estilo para gerações.

Início da carreira e filmes icônicos

Nos primeiros anos, Delon trabalhou muito com diretores franceses como Luchino Visconti e Jean-Pierre Melville. Em Le Samouraï (1967), ele interpretou o assassino Jef Costello, um personagem tão frio que virou ícone da cultura pop. A cena final, com o rosto encoberto por sombras, ainda é estudada em cursos de cinema.

Além dos dramas, Delon também se aventurou em filmes de ação e aventura. Em O Gato (1971), ele fez um ladrão charmoso que rouba obras de arte. O filme misturou suspense e humor, consolidando sua versatilidade. Mesmo nas produções internacionais, como o thriller Jacques the Fatalist, ele manteve o estilo elegante, sem perder a intensidade.

Vida pessoal e legado

Alain Delon teve oito casamentos ao longo da vida, entre eles com a atriz Romy Schneider, com quem teve uma relação famosa e turbulenta. Ele tem dois filhos: Anouchka, que segue na moda, e Alain-Fabien, produtor de cinema. Apesar das controvérsias, Delon sempre manteve a privacidade, evitando entrevistas longas.

O legado de Delon vai além da sétima arte. Ele influenciou fotógrafos, estilistas e até músicos que citam seu visual como referência. Em 1999, recebeu a Legion d'Honneur, a mais alta honraria da França, reconhecendo sua contribuição cultural.

Hoje, Alain Delon vive entre Paris e Lausanne, na Suíça, onde costuma aparecer em eventos de caridade e projetos de preservação da memória cinematográfica. Os fãs ainda assistem aos seus filmes em maratonas, e novas gerações descobrem seu trabalho através de plataformas de streaming.

Se você ainda não conhece a obra de Delon, comece por Plein Soleil ou Le Samouraï. Esses títulos mostram por que ele se tornou um dos rostos mais reconhecidos do cinema mundial. E, se quiser saber mais curiosidades, basta procurar entrevistas antigas – elas revelam o lado humano de um ícone que, mesmo depois de tantas décadas, ainda encanta o público.