Julieta Amaral, uma das figuras mais emblemáticas do jornalismo gaúcho, nos deixou no sábado, 26 de outubro de 2024, aos 62 anos. Sua morte, cuja causa não foi divulgada, deixou uma lacuna irreparável na comunidade jornalística do estado do Rio Grande do Sul, onde ela construiu uma carreira sólida e admirável. Desde cedo, Julieta demonstrou uma incrível paixão pela comunicação e pela busca incessante pela verdade, virtudes que a acompanharam em toda sua trajetória.
A sua história no jornalismo começou ainda jovem, ao ingressar em um pequeno jornal da sua cidade natal. Ambiciosa e determinada, rapidamente conquistou espaço como uma das vozes mais respeitadas do setor. Sua habilidade inigualável de contar histórias e sua ética intransigente fizeram de Julieta Amaral um nome de peso, reconhecida por colegas, leitores e fontes de informação. Durante décadas, sua caneta elucidou questões sociais, políticas e culturais com agudeza e sensibilidade ímpar.
Para muitos, o legado de Julieta Amaral vai além de suas reportagens e colunas. Ela foi mentora de inúmeros jornalistas em ascensão, sempre pronta para compartilhar seu conhecimento e experiência com aqueles que, como ela, acreditavam no poder da comunicação como ferramenta de transformação social. Suas aulas, palestras e workshops inspiraram uma geração de comunicadores que continuam a trilhar o caminho que Julieta ajudou a pavimentar.
O impacto de sua contribuição não se restringe apenas ao seu estado natal; Julieta foi uma das vozes ativas em eventos nacionais de jornalismo, trazendo o olhar regional para a cena brasileira. Com inúmeras matérias premiadas em sua carreira, ela sempre buscou dar visibilidade às questões locais, levando histórias do Rio Grande do Sul para o resto do Brasil e, em alguns casos, para o mundo.
Julieta Amaral raramente se preocupava com os holofotes voltados para si. Para ela, o importante era a história, o fato sendo revelado, a vida sendo transformada por meio da notícia. Dessa forma, soube preservar também sua vida pessoal, mantendo uma distinção clara entre seu papel público e privado. Amigos e colegas lembram dela como uma pessoa de humor afiado, simpatia contagiante e inteligência aguçada. Uma verdadeira contadora de histórias que nunca deixou de lado sua humanização e empatia pelo outro.
Apesar da discrição, Julieta possuía um círculo próximo de amigos e familiares que acompanhavam de perto suas conquistas e compartilham hoje da dor de sua partida. Para esses e muitos outros, não faltam histórias e momentos memoráveis vividos com ela, cada um carregando um pedaço do seu legado, da sua risada, do seu jeito encantador de ver o mundo.
A perda de Julieta Amaral representa um capítulo significativo de encerramento para muitos jornalistas do Rio Grande do Sul e do Brasil. Homenagens e palavras de carinho não param de chegar de todos os cantos, refletindo o quão longe seu trabalho e personalidade chegaram. Redes sociais foram inundadas por tributos de ex-colegas, amigos e desconhecidos que, tocados por suas palavras, sentiram-se próximos de sua presença mesmo não a conhecendo pessoalmente.
Na redação onde Julieta passou grande parte de sua carreira, há um ar de profunda tristeza misturada com a gratidão por terem partilhado de tempos com uma pessoa tão única. Seus colegas relembram seus ensinamentos que vão permanecer ecoando por gerações. Em meio ao luto, há uma celebração da vida extraordinária que Julieta viveu, do jornalismo que realizou e da inspiração deixada para todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecer alguma parte de seu ser.
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre velório ou cerimônias de despedida, mas há expectativa de que seja realizado um evento público para que amigos, familiares, leitores e admiradores possam expressar suas condolências e seu apreço pela jornada de Julieta Amaral. A comunidade está unida em prol de honrar sua memória da maneira mais digna e carinhosa possível, refletindo o respeito e o amor que ela sempre recebeu de volta daqueles que admiravam seu trabalho.
Julieta Amaral deixa um legado que transcende as páginas escritas. Ela vive nas histórias que contou, nos aprendizados que compartilhou e no amor que dedicou à profissão que tanto amava. Sua influência continuará sendo sentida nos corações e mentes daqueles que ela tocou, direta ou indiretamente, e seu exemplo servirá de guia para todos os que continuam a batalha pela verdade e pela justiça no campo do jornalismo.
Letícia Montessi
outubro 28, 2024 AT 16:21Julieta Amaral não era apenas uma jornalista-era uma instituição. E, sim, eu sei que isso soa exagerado, mas quem já leu ela sabe: cada vírgula, cada ponto-e-vírgula, cada travessão era uma escolha ética. Ela não escrevia para vender; escrevia para transformar. E isso, hoje, é raro como um gato preto em dia de sol.
Nicolly Pazinato
outubro 30, 2024 AT 07:22Meu Deus, que mulher incrível. Ela me ensinou, ainda na faculdade, que jornalismo não é só noticiar-é humanizar. Sinto que perdi uma tia que nunca tive. Vai ser difícil ver o jornal sem ela. Mas ela vive em cada linha que escrevemos com coração.
antonio da silva
novembro 1, 2024 AT 07:06Claro, claro... mais uma santa do jornalismo. Enquanto isso, os jornais que ela escrevia hoje publicam fake news com fontes anônimas e assinatura de ‘equipe’. Mas tudo bem, vamos homenagear a mártir enquanto o resto da imprensa vira reality show.
Geovania Andrade
novembro 2, 2024 AT 08:04É impossível não se emocionar com o legado de Julieta Amaral. Sua dedicação à verdade, à ética e à formação de novos profissionais é um farol em tempos de desinformação. Ela demonstrou que é possível ser rigorosa sem ser fria, crítica sem ser cruel. E isso, na prática, é revolucionário.
José R. Gonçalves Filho Gonçalves
novembro 2, 2024 AT 23:39Julieta era a ponte entre o interior do Rio Grande e o Brasil inteiro. Ela contava histórias de pequenas cidades como se fossem epopéias-e eram. Ela não apenas reportava; ela dava dignidade às vozes silenciadas. E isso, meu amigo, é o verdadeiro jornalismo. Não os clicks, não os algoritmos. A alma da notícia.
Matheus Alves
novembro 3, 2024 AT 06:54Eu não conhecia ela pessoalmente, mas já li umas 30 reportagens dela na adolescência e me tornei jornalista por causa disso. Ela tinha um jeito de escrever que fazia você sentir o cheiro da chuva no pampa, o gosto do chimarrão na boca, o peso do silêncio numa reunião de prefeitura. Ela era magia. 🙏
Mayla Dabus
novembro 3, 2024 AT 13:10lei a noticia e chorei sem saber pq... ela era tipo a vó da gente q escrevia mas tbm dava um abraço com as palavras. n sei se isso faz sentido mas é o q senti
Leandro Monjardim
novembro 5, 2024 AT 09:44Seu legado é o tipo que não se mede em prêmios, mas em silêncios. Silêncios de colegas que, ao abrir um caderno, lembram que não podem escrever como antes-porque ela elevou o padrão. Ela não era apenas uma repórter; era o espírito do jornalismo como deveria ser: corajoso, justo, e profundamente humano.
gabriel magnesio
novembro 6, 2024 AT 13:04Claro, claro, vamos fazer uma estátua pra ela... enquanto o jornalismo brasileiro continua sendo dominado por influencer que falam de política sem saber o que é um decreto. Julieta escrevia com lápis e papel, e ainda assim, era mais precisa que 90% dos tweets atuais. Ela era o antídoto para o caos. E agora? Quem vai ser o farol? Ninguém. Porque ninguém tem o que ela tinha. 😔
Andressa Ferreira
novembro 8, 2024 AT 02:16É com profundo pesar e elevada consideração que manifestamos nossa consternação diante do falecimento da ilustre jornalista Julieta Amaral. Sua contribuição à imprensa regional, sua integridade editorial e seu compromisso com a formação de novos profissionais constituem um marco inegável na história do jornalismo brasileiro.
wellington pereira
novembro 9, 2024 AT 03:19Essa história toda é bonita, mas a maioria dos jornalistas hoje nem sabe o que é ética. Ela era exceção. Mas não adianta chorar por ela se a gente não muda o sistema. O jornalismo tá morto. Ela só era a última pessoa viva que ainda acreditava nisso.
joao felipe oliveira
novembro 10, 2024 AT 13:49Desculpa, mas isso tudo é romantização. Ela era boa, mas não era única. Tem milhares de jornalistas sérios no Brasil. O problema é que ninguém fala deles. Só quando morre alguém, todo mundo vira poeta. Isso é hipocrisia. Ela merecia reconhecimento enquanto vivia, não depois.