A abertura da F1 2025 não decepcionou quem esperava surpresas, drama e muita emoção. No tradicional circuito de Albert Park, em Melbourne, a Fórmula 1 deu a largada para mais um campeonato entre os dias 14 e 16 de março, trazendo mudanças no desenho da pista e até mesmo no roteiro das principais equipes. As sessões de treinos livres rolaram na sexta-feira (14), preparando terreno para o que viria depois. Já no sábado, os pilotos enfrentaram o último treino livre e a sempre decisiva classificação, transmitida às 07h (GMT). O domingo reservou o ponto alto, com a largada da corrida às 06h (GMT), marcando temprano a ansiedade dos fãs mundo afora.
Quem previa um festival de ultrapassagens não ficou desapontado, pois o traçado de 5.278 km, agora com apenas 14 curvas após as obras de 2022, desafiou todos com trechos de alta velocidade e curvas rápidas, especialmente com o asfalto úmido jogando mais dificuldade na equação. As condições de chuva leve foram a cereja do bolo, exigindo máxima concentração de cada piloto. Nada menos que 465 mil pessoas passaram pelos portões durante o fim de semana, lotando arquibancadas, transformando Melbourne mais uma vez em um caldeirão do automobilismo.
O grande nome do dia foi Lando Norris, da McLaren, que não só faturou a pole, mas também conduziu uma vitória legítima em meio ao clima imprevisível, quebrando um jejum da equipe em Melbourne que durava desde 2012. Logo atrás veio Max Verstappen, pela Red Bull, que não conseguiu segurar o ritmo alucinante do britânico. O pódio contou ainda com George Russell, da Mercedes, completando o top 3 após uma prova consistente sob pressão.
O grid ganhou também rostos novos. Entre eles, Andrea Kimi Antonelli impressionou na estreia oficial pela Mercedes, cruzando a linha em quarto numa performance de gente grande. Mas nem tudo foi festa entre os novatos: Isack Hadjar (Racing Bulls) não chegou nem a completar a volta de formação, já abandonando a disputa logo de cara. Gabriel Bortoleto, pela Sauber, também viu sua participação encurtada pela falta de sorte e problemas mecânicos.
Destaque para a organização, que reduziu a prova de 58 para 57 voltas por questões de segurança, refletindo o quanto a chuva tornou cada centímetro da pista decisivo e imprevisível. Para os fãs, além da adrenalina na pista, houve cobertura total ao vivo e atualizações em tempo real, mergulhando todos na atmosfera da maior categoria do automobilismo mundial.
Com uma largada eletrizante, pista redesenhada e talentos jovens mostrando serviço, o Grande Prêmio da Austrália de 2025 mostrou que ninguém pode relaxar nos bastidores da F1: cada detalhe pode decidir o resultado, e as surpresas continuam a ser a regra, e não a exceção, logo na primeira etapa do campeonato.