Quando Chapecoense e Goiás entram em campo nesta segunda-feira (21), às 20h, na Arena Condá, há muito mais em jogo do que três pontos. O torcedor da Chapecoense respira aliviado desde a vitória contra o Santos, mas sabe que a luta está longe do fim. A equipe, comandada por Gilmar Dal Pozzo, soma 37 pontos e ocupa a 13ª posição da Série B, mas ainda convive com o fantasma do rebaixamento. O cálculo é claro: duas vitórias e um empate praticamente garantem a permanência. Por isso, cada partida vira uma final para o time de Chapecó.
A energia em Chapecó promete ser intensa. Depois do resultado surpreendente sobre o Santos, o ambiente ficou mais leve, os jogadores parecem mais confiantes e a torcida voltou a acreditar. Escapar da zona da degola significa alívio para o clube e para toda uma cidade que respira futebol. O desafio desta rodada, porém, traz um Goiás ainda ferido e com motivação extra.
Se por um lado a Chapecoense quer consolidar a recuperação, o Goiás chega a Santa Catarina em clima de contestação. O clube ficou na bronca após o empate em 2 a 2 com o América-MG, pois viu um gol de Ángelo Rodríguez ser anulado — o lance, considerado duvidoso, motivou o clube a entrar com pedido no STJD para impugnar o jogo.
Essa novela no tribunal escancara o drama goiano. Com 42 pontos e ocupando o 12º lugar, o Goiás praticamente não tem mais chances de acesso à elite, mas a indignação com a arbitragem virou combustível. O elenco quer mostrar força mesmo sem grandes objetivos na tabela, e o resultado disso pode ser um jogo ainda mais complicado para a Chape.
Para a torcida, restou acompanhar cada detalhe e manter a esperança de dias melhores, seja pelo futebol ou pela justiça.
O mando de campo é da Chapecoense, mas a tensão está dos dois lados. Cada time encara a 33ª rodada como um divisor de águas: alguns lutam para continuar sonhando, outros, apenas para sobreviver. Nem sempre o futebol é justo, mas a Arena Condá promete emoção pura até o último apito.