Quando Carlo Ancelotti, técnico da Seleção Brasileira, viu a equipe abrir 5 a 0 o placar da Seleção da Coreia do Sul no Estádio Copa do Mundo, em Seul, a sensação foi de que o grupo finalmente encontrou a “fórmula completa”. O amistoso, disputado na sexta‑feira, 10 de outubro de 2025, serviu de termômetro para a Copa do Mundo 2026, que acontecerá nos EUA, Canadá e México. O que torna a partida tão relevante? É a maior goleada da era Ancelotti, a quarta consecutiva sem sofrer gols e um indicativo de que a mistura de experiência italiana e talento brasileiro pode render frutos na próxima edição.
Desde que assumiu o comando em junho de 2025, Ancelotti tem buscado imprimir uma identidade defensiva sólida ao mesmo tempo em que libera a criatividade dos atacantes. O técnico chegou ao cargo após deixar o Real Madrid, onde colecionou quatro Ligas dos Campeões. Em apenas quatro amistosos antes de Seul, o Brasil manteve o zero na conta, mas nenhum superou o placar de três gols. A decisão de levar a delegação para a Ásia, contra a Coreia do Sul e, em seguida, o Japão, visa testar a equipe contra estilos de jogo diferentes, especialmente a disciplina tática asiática.
Aos 15 minutos, Estêvão abriu o placar após cruzamento de Rodrygo, que já mostrava a velocidade que o treinador tanto elogia. Aos 41, o brasileiro ampliou para 2 a 0 com um belo chute de perna esquerda, enquanto, no segundo tempo, Rodrygo e Vinícius Júnior fecharam o placar, cada um marcando duas vezes. O meio‑campo contou com a dupla de volantes Casemiro e Bruno Guimarães, que controlaram a posse e impediram contra‑ataques sul‑coreanos. Na defesa, Gabriel Magalhães liderou uma linha que não sofreu um único chute a gol.
Em coletiva de imprensa no Estádio Copa do Mundo, Ancelotti descreveu o desempenho como “um jogo completo”. “Quando o time entra com esse comprometimento, a qualidade aparece, e apareceu muito bem”, afirmou o treinador de 66 anos. Ele ainda ressaltou a importância de uma “base forte” na defesa para liberar a criatividade dos atacantes. Rodrygo, ao ser questionado, agradeceu “a confiança do técnico” e destacou a sintonia com Vinícius: “A gente se entende sem precisar falar”. Já Estêvão, que chegou ao Brasil há menos de um ano, celebrou “a oportunidade de mostrar o que aprendeu nos clubes europeus”.
A goleada 5 a 0 reforça a ideia de que o Brasil voltou a ser uma das favoritas ao título mundial. Analistas apontam que a variedade ofensiva – dois pontas, um atacante central e a mobilidade dos volantes – dá ao técnico opções táticas para enfrentar seleções europeias mais compactas. Por outro lado, críticos lembram que amistosos ainda não testam a resistência física necessária para um torneio que pode chegar a 30 jogos em menos de dois meses.
Com a próxima partida agendada para 14 de outubro contra a Seleção do Japão no Estádio de Tóquio, o técnico terá a chance de ajustar a defesa contra um adversário conhecido por transições rápidas. Se a equipe mantiver a taxa de gols, o que diz o ex‑jogador Zico em entrevista recente, o Brasil pode entrar nos grupos da Copa com a confiança de quem já provou que “a qualidade individual surge quando a estrutura está certa”.
Além do duelo contra o Japão, a Seleção deve participar de mais dois amistosos na América do Sul antes da fase de classificação nas eliminatórias da CONMEBOL. A agenda inclui confrontos contra Argentina e Uruguai, que servirão de teste final para a combinação de experiência e juventude que Ancelotti tem cultivado. Enquanto isso, a torcida brasileira, que acompanhou a partida ao vivo pela Jovem Pan Esportes e pela ESPN Brasil, já projeta slogans como “Brasil 2026: tudo ou nada”.
A goleada demonstra que o time conseguiu integrar a filosofia defensiva de Ancelotti com a explosão ofensiva dos jovens. Jogadores como Rodrygo e Vinícius perceberam que podem contar com apoio sólido na retaguarda, o que costuma elevar a moral e a confiança para fases decisivas.
Apesar do domínio, a equipe ainda apresentou lapsos na marcação nas bolas aéreas e na transição defensiva. O técnico deve focar nesses detalhes nos próximos amistosos, especialmente contra o Japão, que costuma explorar cruzamentos rápidos.
O Japão oferece um estilo de jogo baseado em velocidade e disciplina tática, diferente da Coreia do Sul. Enfrentar os asiáticos em sequência ajudará Ancelotti a testar diferentes formações e a avaliar a resistência física da equipe antes da Copa.
Casemiro controlou o ritmo do jogo, recuperando bolas e distribuindo passes precisos. Essa presença no meio‑campo permitiu que a defesa permanecesse compacta enquanto os atacantes tinham liberdade para criar, fator essencial para a margem de 5 a 0.
Especialistas apontam que, se o Brasil mantiver a solidez defensiva mostrada em Seul e a produtividade ofensiva dos jovens, tem grande chance de liderar o Grupo G das eliminatórias sul‑americanas e chegar à Copa como favorito.
Ismael Brandão
outubro 11, 2025 AT 03:56É incrível ver a Seleção desfilar com confiança sob o comando de Ancelotti; a defesa sólida permite que os atacantes brilhem, e isso está claro no placar de 5 a 0. Cada linha do time parece estar alinhada, desde o trabalho incansável de Casemiro até a velocidade de Rodrygo, que faz a diferença. O meio‑campo mostrou controle de posse, distribuindo passes precisos, enquanto Vinícius Júnior foi letal nas finalizações. Essa combinação de experiência e juventude cria um potencial que pode ser decisivo na Copa de 2026, e os torcedores já sentem o otimismo crescendo. Continuemos a apoiar o trabalho árduo do técnico, que parece ter encontrado a fórmula completa.
Ageu Dantas
outubro 19, 2025 AT 14:59Que espetáculo de egocentrismo, uma farsa total!
Bruno Maia Demasi
outubro 28, 2025 AT 02:03O drama de uma goleada não é apenas sobre números, mas sobre a narrativa que se constrói nos bastidores do futebol contemporâneo. Quando Ancelotti proclama “fórmula completa”, ele está, na verdade, vendendo uma mixtura de tradição italiana com a flamboyância brasileira, uma espécie de sinergia alquímica que promete transformar o campo em um laboratório de experimentação tática. No entanto, a realidade é muito mais crua: a Seleção dominou o jogo, mas ainda carece de consistência defensiva contra transições rápidas, como bem destaca o próprio Casemiro ao recolher a bola em zonas perigosas. A aparente invulnerabilidade defensiva é, em parte, fruto da falta de pressão do adversário sul‑coreano, que não conseguiu “testar” a linha de quatro.
Além disso, a explosão ofensiva traz à tona a questão da dependência de figuras individuais. Rodrygo e Vinícius Júnior fizeram chover gols, mas será que o elenco consegue reproduzir esse ritmo contra seleções europeias mais estruturadas? O risco de sobrevalorizar a criatividade reside em criar uma expectativa quase profética, que pode se transformar em frustração quando o planeta girar novamente.
Outro ponto a ser ponderado é a influência psicológica da vitória. A confiança é um ativo intangível, mas pode sobrecarregar o grupo com a pressão de manter o padrão sem falhas. Em termos de estatísticas, a taxa de gols precisa ser analisada em relação ao xG (expected goals), que pode revelar uma performance inflacionada. Se o xG da partida foi próximo ao número de gols marcados, há um sinal positivo; caso contrário, estamos diante de um outlier que pode evaporar em jogos de maior relevância.
Por fim, devemos observar o impacto no calendário físico. O calendário da Copa 2026 será extenuante, com até 30 jogos em menos de dois meses. O volume de minutos jogados pelos atletas principais pode incitar fadiga e lesões, comprometendo a fase decisiva. Ancelotti tem a tarefa árdua de balancear ritmo competitivo e reabilitação, algo que os grandes treinadores europeus já dominam, mas que ainda é um laboratório para o técnico italiano em terras brasileiras.
Luana Pereira
novembro 5, 2025 AT 13:06Embora a vitória seja notável, ainda há lacunas a serem corrigidas. Por exemplo, a marcação de bolas aéreas não foi impecável.
Francis David
novembro 14, 2025 AT 00:09Assistindo ao jogo, percebo como a postura defensiva foi disciplinada, o que me deixa otimista. A troca de passes entre Casemiro e Bruno Guimarães mostrou maturidade tática, e isso costuma ser a base de boas campanhas. Ao mesmo tempo, o ritmo ofensivo dos pontas manteve a pressão constante, algo que os adversários não suportaram. Acho que, se continuarmos nesse caminho, teremos um grupo coeso e confiante para enfrentar os desafios que vêm pela frente.
Thalita Gonçalves
novembro 22, 2025 AT 11:13É inaceitável que a imprensa continue a pintar o técnico como um mago sem reconhecer que a verdadeira força vem da garra nacional. Enquanto os europeus falam de táticas refinadas, nós temos a tradição de lutar até o último minuto, e essa vitória deveria ser celebrada como um exemplo de raça brasileira. A crítica estrangeira que tenta desmerecer o esforço dos nossos jogadores é, na verdade, um discurso de supremacia que ignora nossa história gloriosa. Se continuarmos a ser subestimados, o próprio espírito da nossa nação será reforçado nas próximas partidas, especialmente contra o Japão, que tem estilo próprio. Não é apenas futebol; é a defesa da nossa identidade.